Welter Mesquita Vaz. Tecnologia do Blogger.

Google lança balão para levar internet gratuita ao Piauí

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o governo brasileiro autorizou e o Google lançou pelo Brasil oito pequenos satélites para levar acesso à internet em locais isolados do planeta. Paulo Bernardo afirmou que o governo quer que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) compre o serviço do Google para garantir o acesso à internet em águas isoladas do país.
 
Os satélites do Google terão alcance mundial e já têm autorização para operar no Brasil e já tem vários satélites funcionando. Não estão é vendendo os serviços no Brasil. São oito satélites de baixa altitude e giram em torno da terra. Já têm oito lançado”, afirmou Paulo Bernardo.
O jornal “The Wall Street Journal” em sua edição de domingo, informou que o Google planeja gastar mais de US$ 1 bilhão em sua frota de satélites para levar acesso à internet a locais isolados do planeta.
Paulo Bernardo disse que os satélites vão a 8 mil quilômetros de altura.
O ministro Paulo Bernardo concedeu a informação ao lado do presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, porque estavam acompanhando em Teresina o lançamento de sete balões para garantir acesso à internet em áreas remotas,
Indagado sobre os lançamentos de oito satélites e pedido de autorização do serviço no Brasil, já concedido pelo governo brasileiro.
Temos encontrado no Brasil abertura para os nossos projetos. O ministro não está mentindo, eu apenas não sei e não posso falar dos satélites”, afirmou Fábio Coelho.
O projeto começará com 180 pequenos satélites em órbita a altitudes mais baixas que os satélites comuns e pode ser ampliado posteriormente.
Em função da rede mobilizada, o custo oscilará entre US$ 1 bilhão e mais de US$ 3 bilhões.
O Google começou, pela primeira vez a executar, no Piauí, seu projeto “Loon” para levar internet era levada a zonas remotas mediante balões que serviam como transmissores.
Em Teresina, onde sete balões foram lançados, a operação foi acompanhada por drones da indústria Titan Aerospace, que o Google comprou.
Antes, no dia 30 de maio, o Google já tinha feito testes com dois balões para garantir por uma hora internet de alta velocidade e telefonia 4G para a escola Linoca Gayoso Castelo Branco, na zona rural do município de Campo Maior (82 km de Teresina).
Fábio Coelho disse que o Project Loon navega por meio da estratosfera, onde existem diferentes camadas de vento, e foi iniciado na Nova Zelândia e o Piauí é o segundo lugar onde o Google realizou os testes com balões fora dos Estados Unidos.
O primeiro balão do projeto Loon no Brasil foi lançado às 10h37 no Clube de Aeromodelismo de Teresina, localizado na estrada da Cacimba Velha, zona rural de Teresina.
Fábio Coelho disse que os testes com os balões têm como objetivo testar a tecnologia 4G de transmissão de dados com balão, em parceria com a Vivo, o comportamento deste equipamento próximo à linha do Equador em região de alta temperatura.
Os primeiros testes em nível mundial foram realizados nos EUA e na Nova Zelândia. Um teste foi realizado no último dia 28 de maio em uma escola de Campo Maior que teve acesso à internet pela primeira vez, durante uma hora.
Agora o equipamento ficará por pelo menos cem dias no ar, a mais de 20 quilômetros do solo, na estratosfera. O balão é composto de plástico transparente especial e será alimentado por painéis solares”, afirmou Fábio Coelho.
Segundo ele, não há previsão de uso da tecnologia porque está sendo testada a conectividade dos balões.
Ainda estamos aprendendo para fazer isso em uma escala muito maior. A gente trabalhou no Piauí porque é possível lançar balões sem chuvas neste período e porque o estado está muito próximo da linha do Equador”, falou Fábio Coelho.
Os balões ficarão cem dias voando e poderão dar cinco voltas em torno da Terra.
Mauro Gonçalves, da Diretoria de Engenharia da Google na Califórnia, declarou que a empresa está desenvolvendo a conexão entre os balões lançados com uma tecnologia de comunicação ótica de espaço livre produzindo acesso à internet na velocidade da luz.
A gente vai fazer os balões se conectarem uns com os outros com a tecnologia ótica de espaço livre. É como se a gente ligasse os balões com fibra ótica, mas sem os cabos, sem a ligação física. A comunicação ótica ocorre em espaço livre.
Os balões enxerga os outros e emitem luz de um para o outro e isso transmite dados em uma velocidade maior do que com o rádio. Isso permite a gente transmitir os dados e oferecer a acesso à internet em locais mais longes e de difícil acesso na velocidade da luz”, falou Mauro Gonçalves.
A tecnologia usada é a FSOC, que é a Comunicação Ótica em Espaço Livre.
Fábio Coelho disse que o Piauí também foi escolhido para os testes porque na região Nordeste, apenas 27% dos domicílios têm acesso a internet sendo o pior do país.
Em nossos lançamentos prévios de balões da Nova Zelândia e do norte da Califórnia (EUA) aprendemos muito sobre a estratosfera em altas latitudes. Esse foi o nosso primeiro lançamento de balão próximo à Linha do Equador e estamos animados para aprender sobre essa parte do céu”, disse Fábio Coelho.
O ministro , Paulo Bernardo afirmou que o Governo Federal tem uma dívida com o Nordeste e o Piauí cujas populações têm baixo acesso à internet.
Eu falei sobre o Piauí para a direção do Google desde o ano passado, porque o Nordeste tem baixa penetração de internet e o Piauí tem uma enorme deficiência. Temos uma dívida de acesso à internet com o Piauí e com o Nordeste. Simbolicamente, estamos trazendo o projeto ao estado. Isso não quer dizer que vai resolver o problema, mas estamos buscando soluções”, declarou.
Paulo Bernardo o informou que o Governo Federal poderá firmar parcerias com o Google futuramente. “Qualquer forma de aumentar o acesso à internet à população tem que ser apoiada pelo governo. Não financiamos, nem colocamos dinheiro neste projeto, mas se for bem sucedido, o Governo se dispõe a entrar com uma parte”, falou o ministro.
O Google está testando a tecnologia LTE (Long Term Evolution, Evolução a Longo Prazo, em português) de telefonia móvel, conhecida como 4G. O balão tem um roteador com dispositivo que recebe o sinal da terra e espalha para os usuários. Esta é uma grande oportunidade de testar essa tecnologia de grande alcance. Isso pode ser uma solução para termos internet disponíveis para as famílias que moram longe, onde a infraestrutura é mais difícil”, disse Paulo Bernardo.

































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