Um avião modelo Seneca,
prefixo PT-ISH com duas pessoas a bordo, caiu no final da tarde desta
quarta em uma área de mata no município de Iranduba, na região
metropolitana de Manaus. O piloto e o co-piloto sobreviveram ao
acidente. A aeronave, segundo registro na Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), não poderia estar voando, pois estava com o registro
suspenso.
Os peritos do Serviço Regional de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) passaram a noite no local
do acidente coletando as primeiras informações sobre a queda. Pelo
prefixo do avião eles confirmaram se tratar de uma aeronave que não
podia estar voando. "Esse avião havia caído há uns dois anos e ainda
estava suspenso. Vamos apurar as causas desse novo acidente", explicou
Mauri Menezes, perito do Seripa que esteve no local do acidente.
A QUEDA
Segundo moradores da comunidade Bom Jesus, localizada na
zona rural do município de Iranduba, era por volta das 17h30 de ontem
quando ouviram um barulho estranho e, ao olharem o que seria, viram o
avião passar próximo a copa das árvores. "Ele via como se os motores
estivessem falhando. De repente ele subiu um pouco e depois sumiu no
meio do mato", contou o agricultor José Ferreira de Araújo, de 38 anos.
Após isso, várias pessoas correram para o local e, ao
chegar, viram dois homens pedindo ajuda. Eram o piloto Carlos Eduardo
Gomes Lima, de 50 anos, e o co-piloto Santana dos Santos, de 44 anos,
que foram socorridos e levados para o hospital do município de Iranduba.
"Eles chegaram bem, caminhando e conversando. Logo foram atendidos. O
piloto teve apenas arranhões mas o co-piloto teve um pequeno traumatismo
no crânio, mas estão bem", explicou o diretor da unidade hospitalar,
o médico Valdino Alecrim.
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Na
manhã desta quinta, a aeronáutica passou a custódia da aeronave para o
dono da fazenda onde o avião caiu. Uma clareira na mata foi aberta para
que o avião seja resgatado. No local, um detalhe chamou a atenção, mas
que não foi comentado pelos peritos do Seripa: o fato do avião não ter
explodido e nem haver combustível próximo onde as asas ficaram. "Seria
comum o cheiro forte de combustível, mas só poderemos dizer se houve
falta de combustível após a conclusão da investigação", disse Mauri
Menezes, do Seripa
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